quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Aos anjos solitários incompreendidos


para Aparecida

Aos anjos solitários incompreendidos
Que vivem discretamente
Observando as variadas e estranhas formas
Que o amor encontra para se fazer ouvir nesse mundo confuso

O quanto e como interferem na realidade
É para eles próprios um mistério
Aprisionando-os na dúvida
Do afetar e ser afetado aleatório

Cautelosos e confusos com as palavras
Recorrem à clareza precisa dos olhares
E conversam com as folhas e as ondas
Por lhes responderem honestas

Há de chegar a hora
Em que o vosso óbvio será também o nosso
E quando tudo for esclarecido
Será tão lindo
Que o perdão florescerá sem esforço algum

2 comentários:

Igor Machado disse...

A sempre complicada questão de entender e ser entendido. Ninguém quer o mal, e ainda assim, não estamos sempre bem... que coisa não?

gui disse...

Pois é... "o inferno está nos outros", mas também o caminho para o paraíso.